quinta-feira, 1 de outubro de 2009

NÃO SOU MAIS A MULHER COM QUEM VOCÊ SE CASOU - PARTE I


PAPÉIS ATRIBUÍDOS


A atribuição de papéis é uma necessidade.

Papéis dão forma, apoio e segurança.
O papel define o lugar no sistema de relações, pelo menos em parte, e determina certas atividades.

Esse lugar e essas atividades são a expressão das hierarquias em relações de poder no sistema de relações.

Quanto mais se deixam poder e competência de decisão a alguém, tanto maior se torna o desnível para com os subordinados.

Aqui está a matéria inflamável, não só para a relação de marido e mulher.

Se cada um devesse definir por si mesmo o seu papel sem dado prévio, isto levaria a caos insolúvel, no qual cada um deveria lutar contra cada um pela vida inteira, porque não haveria previamente uma ordem estrutural obrigatória para todos ( eventualmente mutável).

Logo surgiria o apelo ao dirigente forte, que poderia tornar-se depois um ditador conforme exemplos existentes.

E uma vez que no fluxo das gerações, inumeráveis pessoas, entrariam de novo nessa luta pela autodefinição, também não haveria nenhuma esperança de estrutura assegurada.

A atribuição de papéis contribui decisivamente para o desenvolimento da identidade: por sua aceitação, sua mudança o sua rejeição.

Filhos que não recebem dos pais orientação clara de comportamento, ou seja que podem se orientar muito pouco pelas instruções dos pais ( ainda que não pela mostra autoritária), logo se tornam caóticos e encenam o caos na família.

É importante não julgar apenas negativamente a atribuição de papéis.

Sua necessidade pode ser comparada ao uso de água.

Á água é uma necessidade vital e é cheia de energia, mas sem vazos ou canais prévios essa energia não é utilizável ou pode até ser destrutiva.

De outro lado, e com isso, retornamos ao nosso tema, atribuição e aceitação de papéis nunca surgem de forma neutra.

Quem os atribuiu?

Qem lhes dá qual significado?

No que se refere a mulheres, não são de imediato pessoas individuais que determinam o seu lugar e o seu papel.

Uma tradição secular, ou seja, a tradição de nossa sociedade patriarcal transmitiu os modelos, que eram vinculantes tanto para mulheres como para homens, e que mergulharam no inconsciente coletivo, e são transmitidos de geração em geração.


Aline Santos é Jornalista,Terapeuta Holística, Taróloga, Cabalista, Professora, Escritora, Palestrante, e Pesquisadora de Ciências Ocultas, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.

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