terça-feira, 7 de julho de 2009

COMO ENFRENTAR O STRESS


Nos tempos contemporâneos, temos observado que o tempo está acelerado, compartilho da mesma opinião do cientista e físico alemão Schuman, autor da teoria que leva o seu nome, a qual afirma que o dia não tem mais 24 horas, tem aproximadamente 16 horas, basta observar a nossa volta para percebermos o quanto o tempo passa rápido.


Com a globalização e com o desenvolvimento da internet, temos informações a todo instante em tempo real (real time), ou seja ao mesmo tempo em que está ocorrendo um acontecimento na Índia ou Japão, estamos acompanhando todos os acontecimentos como se estivéssemos nestes locais.
Com isso o homem, esta obra inacabada, na ânsia de acompanhar a todos acontecimentos, ter domínio do conhecimento, da tecnologia, da informática.
Mergulha de cabeça sem saber qual a profundidade deste rio, ao mesmo tempo em que sente necessidade de satisfazer o seu ego, consumindo não pelo prazer, más para ocupar o vazio existencial.
O homem moderno,não tem tempo para descansar, se divertir, tudo gira em torno da competição, come lanches e toma refrigerantes ou cervejas em demasia, para não falar daqueles que fumam tanto, a ponto de acender um cigarro no outro que está terminando.


Com essa paranóia e evidente que o homem não vai agüentar por muito tempo, é como se fosse um veículo carregando mais peso do que seu limite permite, trafegando em alta velocidade, vai causar um desequilíbrio no organismo.
Os primeiros sinais do
Stress são notados quando o individuo entra em contato com sua fonte de stress, conhecida também como estressora, através do comportamento, com atitudes agressivas, alteração de humor, irritabilidade excessiva, fadiga, falta de apetite ou ingestão de alimentos por compulsão, cansaço ao levantar, distúrbios do sono(insônia ou dormir demasia), sensação de incompetência, de que não vai conseguir lidar com o que esta acontecendo, esquecimento de coisas corriqueiras (como o número de um telefone que usa com freqüência, onde pôs a chave do carro, do escritório ou de sua casa), dores de cabeça, tensão muscular, ansiedade, hiperacidez estomacal (azia) sem causa aparente, vontade de sumir para longe de tudo.


Dentre as conseqüências do stress observa-se uma baixa de auto-estima, proviniente das limitações presentes na vida do indivíduo, o que o torna fragilizado.
A palavra stress passou a ser utilizada pelo cientista austríaco Hans Selye no século XVII, que a usou para descrever um estado de tensão patogênico do organismo, fenômeno de síndrome de estar apenas doente ou síndrome de adaptação geral.


O stress pode vir de dentro do indivíduo, como os seus valores, suas crenças e forma de interpretar as situações, ou ainda, vir de fora, de outras pessoas que convivem ao seu redor, dos ambientes, principalmente do local de trabalho.
É aconselhável fazer caminhadas, principalmente em parques com árvores, lagos, durante a caminhada respire profundamente pelas narinas retendo o ar por alguns instantes, depois solte o ar lentamente pela boca, faça exercícios físicos, ginástica, pule corda, dance, o exercício físico produzirá em seu organismo endorfina em doses necessárias ao seu bem estar, fazendo com que seu organismo tenha maior capacidade de recuperação.


Se após esses cuidados preliminares não sentir que a cura ocorreu, procure um acompanhamento psicológico para averiguar as causas do stress, se houver necessidade não hesite procure também um médico.
Antes de mais nada é importante manter a calma e a certeza de que você controla a maior parte de sua vida.
Um dos pontos mais importantes que se deve observar para aprender a lidar com o stress, é justamente conseguir perceber e eliminar algumas fontes de stress que estejam ao nosso alcance.
Qualidade de vida significa muito mais do que apenas viver, pois muitas pessoas, mesmo as ricas e bem sucedidas no trabalho, ás vezes têm uma qualidade de vida péssima.

Aline Santos : é Jornalista, Terapeuta Holística, Taróloga, Professora, Escritora, Palestrante, e atende nas áreas de Florais de Bach, Fitoterapia, Aromaterapia, Terapia com cristais, Reiki, Cura Prânica e Tarô Terapêutico.

E-mail:
arcanjo.azul@hotmail.com

Vitor Donizetti dos Santos é consultor empresarial em motivação e auto-ajuda, jornalista, escritor e autor de vários artigos

vitor.d.santos@hotmail.com

Referências bibliográficas- Conhecer & enfrentar o stress, Marilda Novaes Lipp e Lúcia Emmauel Novaes Editora Contexto

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O STRESS NÃO É DOENÇA


No corpo humano existem mecanismos inatos que funcionam como proteção às agressões exteriores.
Essas agressões podem ser físicas, como calor ou frio em excesso, ou emocionais, como o perigo iminente.
A reação do corpo à agressão (stress) é chamada “adaptação” e consiste num mecanismo complexo que envolve o sistema nervoso e o sistema glandular (endócrino).

O conjunto das respostas que constituem a adaptação varia, dependendo da natureza do stress e do caráter básico do indivíduo.
Em geral, a responsabilidade do stress físico é física: a resposta adaptacional ao stress emocional é física e psicológica.

Estas últimas respostas podem ser expressas pelas reações de ira, medo, desgosto, etc.
Uma das mais importantes, é a reação a uma agressão grave e repentina, que provoca uma resposta generalizada, conhecida como choque, estado no qual o conteúdo sanguíneo do corpo é redistribuído aos órgãos mais necessitados.
No entanto, se durar muito tempo pode perder sua eficácia como mecanismo protetor e levar à morte.

Outra reação muito comum é a alergia; a resposta alérgica, na forma da asma ou urticária é a defesa do corpo contra substâncias estranhas.
Mas se a reação protetora for muito intensa (como no caso da asma brônquica), pode ser mais séria do que o stress que a originou.
Da mesma forma que o stress físico pode provocar reação física (asma), um stress psicológico pode provocar uma reação emocional (medo, pânico, raiva).
A reação do medo é biologicamente destinada a ajudar a pessoa a enfrentar o perigo. Assim diante do perigo, as glândulas ad-renais produzem certa secreção que capacita o corpo a suportar o stress.

Os elementos psicológicos do medo podem tornar-se intensos a ponto de comprometer a capacidade do indivíduo; e a resistência prolongada dos elementos físicos pode causar doença física.

Afinal o que é o stress



"Afinal o que é o stress?Em 1936 Hans Selye, médico e pesquisador austríaco que trabalhava em Montreal, no Canadá, empregou pela primeira vez, como termo médico, a palavra inglesa stress, para caracterizar qualquer agente ou estímulo, nocivo ou benéfico, capaz de desencadear no organismo mecanismos neuroendócrinos de adaptação.

Em 1950 Selye publicou a obra que o consagrou, na qual expôs de modo completo a síndrome geral de adaptação, sob o título “Physiology and Pathology of Exposure to Stress”.
Segundo Dra. Marilda Emmanuel Novaes Lipp, o stress é uma condição de desequilíbrio do funcionamento, tanto físico como mental.

Em momentos de tensão excessiva, todo o organismo é afetado de pronto, não há danos maiores para a pessoa.
No entanto se a condição de desequilíbrio permanecer por tempo excessivo, as doenças começam a surgir e a impaciência, ansiedade e a depressão se estabelece.

"O stress não é uma doença, é uma reação perfeitamente normal do organismo


"O stress não é uma doença, é uma reação perfeitamente normal do organismo e indispensável para a sobrevivência humana.
Sem adrenalina provocada pelo stress não há preparo para enfrentar uma situação de grande perigo ou uma emoção forte.
Neste caso, ocorreria à paralisação, e o ser humano ficaria sem ação. Algo extremamente desfavorável dependendo da situação”.

“Como nos ensina a Dra Alexandrina Maria Augusto da Silva Meleiro”.Alguns médicos, chamam essas doenças resultantes de stress psicológico de doenças psicossomáticas.

Doenças e sintomas psicossomáticos, geralmente são de caráter físico, produzidos por fatores neuróticos (emocionais).
Os fatores neuróticos desempenham papel importante,nenhum órgão do corpo é imune a esses problemas, que podem manifestar-se sob forma de alergia erupção cutânea e outros tipos de doença física orgânica.
Essas doenças estão relacionadas com o estômago, podendo manifestar-se por hiperacidez (azia), má digestão e até mesmo úlcera, pode, ainda, comprometer os intestinos e causar uma indisposição espástica psicossomática, podem assumir a forma de uma colite acentuada, com a formação de úlceras nas paredes do intestino.

Algumas reações ao stress são essenciais à saúde. Por exemplo, a reação alérgica resulta do mesmo mecanismo que permite a imunidade a certas doenças.
Similarmente, em qualquer doença física, a produção de certos hormônios pelas glândulas ad-renais é um recurso do organismo para combater a doença.

Acredita-se que respostas adaptacionais desequilibradas, hiperativas ou hipoativas, podem resultar em doença física verdadeira.
A alergia pode resultar do desequilíbrio de uma resposta adaptacional física.
A pressão sanguínea alta, por outro lado, é considerada por muitos, como conseqüência de hiperatividade de uma resposta de adaptação emocional.
Quando a pessoa se excita sua pressão sobe e ela torna-se mais perturbada. E se o excitamento persiste muito tempo, a pressão fixa-se em níveis altos e a pessoa fica fisicamente doente.

Por outro lado, em certas doenças, os órgãos adaptacionais reagem como se estivessem exaustos.
Por exemplo, as glândulas ad-reais podem secretar uma quantidade insuficientemente de hormônios (cortisona) e o corpo então reage deficientemente.

Isso provoca doenças como artrite ou colite. A administração de hormônios da ad-renal (cortisona) pode normalizar a situação.
A reação do stress é benéfica ou maléfica?
É basicamente benéfica, uma vez que constitui um sistema biológico de autoproteção.

Mas isso depende da intensidade da reação adaptativa; se o sistema adaptaciopnal se torna hiperativo ou adaptativo; se o sistema adaptacional se torna hiperativo ou se exaure, pode originar doença física ou mental verdadeira.

Qual é a relação dos mecanismos de stress


Qual é a relação dos mecanismos de stress com os chamados distúrbios psicossomáticos?
Os distúrbios psicossomáticos são considerados por muitos médicos como o resultado físico de tensão emocional prolongada.
Doenças como a pressão sanguínea alta, a úlcera péptica e o hipertireoidismo entram nessa categoria. Outras doenças, como a artrite, a colite e as alergias são consideradas conseqüência de uma resposta deficiente do sistema adaptacional através da exaustão.

Convém ressaltar que o stress pode ser provocado por uma Depressão, e a Depressão também pode ser provocada por stress.
Até que ponto o stress pode influenciar no envelhecimento.

Muitos pesquisadores acreditam que o processo de envelhecimento resulte, até certo ponto, de agressões freqüentes e contínuas ao corpo, em períodos prolongados.
O endurecimento das artérias, por exemplo, pode resultar da pressão sanguínea alta e da diabete, e ambas podem ser consideradas respostas adaptacionais.

As glândulas endócrinas, em particular, tendem à acelerar o processo de envelhecimento.
Parece que para prolongar a vida, deve-se evitar qualquer tipo de stress excessivo.

O STRESS NÃO É DOENÇA - CONCLUSÃO


CONCLUSÃO:
Não aprendemos e não sabemos trabalhar com as nossas emoções, principalmente com o medo e a raiva.
As civilizações antigas aprendiam a lidar com as emoções através de rituais, trabalhavam tanto o medo como a raiva, o que fazia parte do dia a dia.

Os conhecimentos eram passados através dos rituais iniciáticos, ou passados de pais para filhos, ou ainda, de mestres para discípulos.
Na civilização atual os rituais foram banidos, o que acarretou mudanças no comportamento das pessoas, que não são preparadas para lidar com emoções como medo, raiva, agressividade, etc.,ou seja, não foram educadas para lidar com as emoções, como medo e raiva.

No cristianismo as pessoas são educadas para não sentirem raiva, com isso, tanto o medo como a raiva são mascarados, tornando-se assim uma doença patológica.
O medo é expressado através da ansiedade. E como a raiva não pode ser expressada, ela é contida para não configurar como pecado, falta de educação ou respeito.
Com isso a raiva é introjetada e vai para dentro da pessoa causando depressão.
A raiva incontrolada passa a ser agressividade, que é outra coisa que as pessoas não aprenderam a trabalhar.
As pessoas não canalizam a agressividade, a depressão nada mais é do que uma agressividade contida.
Como as pessoas não conseguem manifestar a raiva contida, passam a sentirem frustradas, passam a se martirizarem, torna-se um dor emocional, com isso ela se fecha, passa a querer ter controle de tudo.

Como não conseguem ter controle do futuro passam a serem ansiosas, já os depressivos não conseguem ter controle sobre os fatos do passado.

Normalmente as pessoas stressadas ou deprimidas são controladoras, sofrem, sentem raiva, sentem o orgulho ferido cuja à raiz é a raiva contida.

STRESS NÃO É DOENÇA - Sintomas que indicam a necessidade de uma pessoa receber cuidados psiquiátricos




Sintomas que indicam a necessidade de uma pessoa receber cuidados psiquiátricos
1 – doenças freqüentes que não são claramente de origem física;
2 – queixas prolongadas e persistentes, sem doença ou sintomas característicos;
3 – depressão freqüente e persistente;
4 – irritabilidade e gênio incontrolado;
5 – incapacidade de exercer um trabalho contínuo;
6 – fadiga persistente;
7 – conflitos freqüentes com as pessoas do convívio diário;
8 – ansiedade repetida e medo infundado;
9 – insônia persistente;
10- perda de apetite.

Emoções:É a resultante da experiência humana que reflete as reações e sentimentos que as pessoas experimentam em diferentes situações.
São respostas psicológicas (condicionadas por experiências anteriores) a várias situações.
O medo, o amor, o ódio e a ira são alguns exemplos mais comuns.

Psiquiatria:É o ramo da medicina que se dedica ao estudo e ao tratamento das doenças da mente humana, dos distúrbios do comportamento e das emoções.
Algumas dessas perturbações estão associadas às alterações do sistema nervoso, e por isso as áreas da psiquiatria e da neurologia sempre se cruzam.

Psicologia: É o ramo da biologia que estuda todos os aspectos do comportamento e da consciência.

Neuroses: São distúrbios emocionais caracterizados por respostas inadequadas, excessivas e anormais às situações da vida cotidiana. As reações neuróticas são, portanto aquelas que ultrapassam as reações emocionais comuns e caracterizam formas de comportamento nas quais as emoções passam a dominar a conduta das pessoas.
Essas reações são freqüentemente desencadeadas por circunstâncias que perturbem particularmente o paciente em termos emocionais, mas são causadas por motivos não identificados ou inconscientes chamados conflitos, que estão fora do controle do paciente.

Entre as reações neuróticas estão fenômenos como a ansiedade, a irritabilidade, as compulsões, as fobias e certos tipos de depressão.
Na verdade, as reações neuróticas representam respostas imaturas a contingências da vida cotidiana. Não precisa acontecer uma sobrecarga exagerada para estressar.

Às vezes vários pequenos fatores se acumulam e sobrecarregam o organismo. Isto é muito importante, porque a maioria das pessoas acha que para estressar precisa existir um problema muito grande, e não precisa mesmo!

Com o tempo aprendemos a controlar, administrar e conviver com os problemas que nos sobrecarregam e causam ansiedade.
Cada pessoa tem um limite de problemas que ela consegue administrar, isso é individual.
Você não precisa se livrar de todos os problemas, ao mesmo tempo, basta aprender, e administrar a quantidade que o seu organismo comporta.

É importante, em primeiro lugar se conscientizar e aceitar que está stressado, em segundo lugar mudar os seus hábitos, reduzindo o consumo de bebidas alcoólicas, cigarros, ter uma alimentação mais saudável, procurar uma psicoterapia, dormir mais cedo, tirar férias, viajar, curtir a família, fazer meditação, yoga, caminhadas. Não deixe de se tratar. Sua qualidade de vida só pode melhorar.


ALINE SANTOS e VITOR SANTOS são terapeutas, jornalistas escritores e pesquisadores

arcanjo.azul@hotmail.com
vitor.d.santos@hotmail.com

Referências:1 - O stress dentro de você, Dra. Marilda Lippi, Editora Contexto